O Que é um Chatbot? Entenda como ele está transformando o varejo

O que é um Chatbot? Entenda como ele está transformando o varejo

Nos últimos anos, o varejo tem passado por uma transformação acelerada impulsionada pelo avanço da tecnologia. Desde a digitalização de processos até o uso de ferramentas inteligentes para otimizar operações, a inovação se tornou um pilar essencial para empresas que desejam se manter competitivas. Em um mercado cada vez mais competitivo, oferecer um atendimento ao cliente de qualidade se tornou um diferencial essencial para garantir uma experiência de compra positiva e fidelizar clientes. É nesse contexto que os chatbots surgem como uma solução inovadora, facilitando o atendimento rápido, eficiente e personalizado. 

Em meio a essa evolução, o atendimento ao cliente ganhou ainda mais destaque como um fator decisivo na experiência de compra. Hoje, os consumidores buscam respostas rápidas, atendimento humanizado e disponibilidade em tempo integral — seja na loja física, no e-commerce ou nas redes sociais. Não basta mais vender um bom produto; é preciso criar uma jornada de atendimento eficiente, personalizada e, acima de tudo, acessível.

É nesse ponto que os chatbots entram como uma solução inovadora e altamente funcional. Esses assistentes virtuais automatizados são capazes de atender dezenas, centenas ou até milhares de clientes simultaneamente, oferecendo suporte, informações, recomendações e até finalizando vendas — tudo isso com agilidade e baixo custo. E o melhor: já existem plataformas no mercado que permitem criar e personalizar chatbots sem precisar ser programador, o que abre uma enorme oportunidade para negócios de todos os tamanhos.

Nesta jornada, vamos explorar como identificar a melhor plataforma de chatbot para sua loja, e como essa decisão pode transformar o relacionamento com seus clientes e impulsionar os resultados do seu negócio mostrando que é possível modernizar suas vendas sem complicações técnicas.

O que é um Chatbot?

a) Definição simples e direta: o que é e como funciona

Um chatbot é uma tecnologia desenvolvida para simular conversas com seres humanos, geralmente por meio de canais digitais como sites, redes sociais e aplicativos de mensagens.  É um sistema automatizado de comunicação projetado para interagir com pessoas por meio de conversas digitais, simulando um diálogo humano com o objetivo de responder perguntas, executar tarefas e facilitar processos. Ele funciona como uma espécie de “atendente virtual”, programado para responder perguntas, guiar o cliente em processos e resolver demandas específicas, como rastrear pedidos ou agendar serviços.

O funcionamento básico de um chatbot envolve a identificação da mensagem do usuário, a interpretação dessa intenção e a entrega de uma resposta — que pode ser pré-definida ou construída em tempo real. Ele pode operar em diferentes níveis de complexidade, desde simples fluxos de perguntas e respostas até diálogos mais naturais com capacidade de aprendizado.

O chatbot interpreta a mensagem enviada pelo usuário, analisa o contexto e entrega uma resposta adequada. Dependendo da complexidade da plataforma, isso pode acontecer por meio de regras simples (como um roteiro de atendimento) ou com o uso de inteligência artificial, que permite compreender a linguagem natural e adaptar o diálogo em tempo real.

Na prática, os chatbots são programados para atuar como assistentes virtuais que ajudam o cliente a resolver dúvidas, encontrar produtos, agendar serviços, acompanhar pedidos ou até concluir compras — tudo isso com agilidade e sem a necessidade de intervenção humana imediata.

b) Chatbot tradicional vs. chatbot com inteligência artificial: entenda as diferenças

Embora o termo “chatbot” seja usado de forma geral, há uma diferença fundamental entre os dois tipos mais comuns de tecnologia: os chatbots tradicionais (ou baseados em regras) e os chatbots com inteligência artificial (IA).

  • Chatbot tradicional (baseado em regras): funciona com fluxos de conversa fixos. Ele entende comandos específicos e só responde corretamente quando o usuário escreve dentro do que foi previamente programado.  Seguem um fluxo fixo de perguntas e respostas. Operam como menus interativos: o cliente escolhe uma opção, e o sistema responde conforme o script pré-definido. Por exemplo, se o cliente digitar “Quero ver o cardápio”, o bot responde corretamente, mas se ele digitar “Me mostra o menu”, talvez o sistema não entenda. É ideal para tarefas bem definidas e simples. São muito eficientes em tarefas repetitivas e previsíveis, como informar o horário de funcionamento da loja, acompanhar um pedido ou gerar um boleto. No entanto, sua limitação está na falta de flexibilidade: se o cliente digita algo fora do que foi previsto, o chatbot pode não entender.

  • Chatbot com inteligência artificial (IA):  Esse tipo de chatbot vai além da automação simples. Utiliza processamento de linguagem natural (PLN), machine learning e outras tecnologias avançadas para compreender a intenção por trás das mensagens, mesmo quando escritas de forma informal ou com erros. Ele aprende com cada interação, melhora sua performance ao longo do tempo e é capaz de manter conversas mais fluidas, personalizadas e próximas da linguagem humana. Ele pode entender frases diferentes que significam a mesma coisa, corrigir erros de digitação e até sugerir soluções baseadas no comportamento do cliente ao longo do tempo. Isso permite conversas mais humanas, flexíveis e contextuais. Isso o torna ideal para atendimentos mais complexos, vendas consultivas e suporte dinâmico.

Na prática, isso significa que enquanto o chatbot tradicional exige que o cliente “fale a língua do robô”, o chatbot com IA é treinado para “entender a língua do cliente”.

A escolha entre um e outro depende do perfil da loja, do volume de atendimento e do tipo de experiência que se quer oferecer ao cliente. Em alguns casos, uma combinação dos dois pode ser a melhor solução.

c) Exemplos práticos do dia a dia

Os chatbots estão cada vez mais presentes no cotidiano, especialmente no varejo. Para entender o impacto dos chatbots, basta observar quantas vezes você já interagiu com um — muitas vezes sem nem perceber. Aqui vão alguns exemplos reais e cotidianos:

  • Sites de e-commerce: ao entrar em uma loja online, um chatbot pode surgir no canto da tela oferecendo ajuda: mensagens como “Posso te ajudar?”; com dúvidas sobre produtos, prazos de entrega ou formas de pagamento. Esse é um chatbot preparado para tirar dúvidas, oferecer cupons, sugerir produtos com base no seu histórico de navegação ou encaminhar você diretamente para o checkout.
    WhatsApp e Instagram: Muitas empresas utilizam chatbots integrados ao WhatsApp para responder perguntas frequentes, oferecer catálogo de produtos, confirmar pedidos ou até permitir compras completas pelo aplicativo, tudo de forma automática e imediata.. Em alguns casos, o bot faz o primeiro atendimento e, se necessário, transfere a conversa para um atendente humano.
  • Aplicativos de delivery e bancos digitais: é comum interagir com chatbots ao consultar o status de um pedido, pedir uma segunda via de boleto ou obter suporte técnico. Ao solicitar um extrato bancário, rastrear uma encomenda ou agendar uma consulta médica, muitas vezes você está interagindo com um chatbot que agiliza o processo e elimina a necessidade de espera em filas ou chamadas telefônicas.
  • Instagram e Facebook Messenger: Chatbots nesses canais ajudam a responder mensagens automáticas, agendar horários, enviar links de pagamento ou manter o engajamento com o público por meio de respostas rápidas e personalizadas.

Essas aplicações mostram como os chatbots já fazem parte da rotina de empresas e consumidores — proporcionando agilidade, disponibilidade e praticidade, tanto no atendimento ao cliente quanto nas vendas; e que quando bem configurados, não apenas agilizam o atendimento, mas também melhoram a experiência do cliente e reduzem o trabalho da equipe.

3. Como Chatbots com IA funcionam

Com o avanço da tecnologia, os chatbots deixaram de ser simples “robôs de perguntas e respostas” para se tornarem verdadeiros assistentes inteligentes. O que diferencia um chatbot com inteligência artificial (IA) dos modelos tradicionais é justamente a sua capacidade de entender, aprender e se adaptar ao longo do tempo — o que é possível graças ao uso de Processamento de Linguagem Natural (PLN) e aprendizado de máquina (machine learning).

a) Entendendo o básico: PLN e aprendizado de máquina

O Processamento de Linguagem Natural (PLN) é uma área da inteligência artificial responsável por permitir que máquinas compreendam e interajam com a linguagem humana de forma mais natural. Em vez de depender de comandos exatos ou frases pré-definidas, o chatbot com PLN consegue interpretar o que o cliente quer dizer mesmo que ele escreva de maneira informal, com erros de digitação ou em diferentes formas de expressão.

Já o aprendizado de máquina é o que permite ao chatbot evoluir com o tempo. Ao interagir com os usuários, o sistema “aprende” com cada conversa, identificando padrões, reconhecendo intenções com mais precisão e ajustando suas respostas para se tornarem cada vez mais úteis e relevantes. Quanto mais ele é utilizado, mais inteligente e eficiente se torna.

Essa combinação torna os chatbots com IA especialmente poderosos, pois não apenas entendem comandos simples, mas também conseguem interpretar o contexto da conversa, adaptar-se ao comportamento do cliente e até antecipar necessidades com base em interações anteriores.

b) Como eles conseguem entender e responder perguntas humanas

A mágica por trás de um chatbot com IA começa no momento em que o usuário envia uma mensagem. O sistema primeiro identifica a intenção da pergunta — por exemplo, se o cliente quer saber o valor de um produto, rastrear um pedido ou falar com um atendente humano. Em seguida, ele extrai as entidades relevantes da frase, como nomes de produtos, datas ou números de pedido.

A partir daí, o chatbot acessa sua base de dados ou seu fluxo de conversação para gerar uma resposta adequada. Essa resposta pode ser completamente automatizada ou, em casos mais complexos, direcionar o cliente para um atendente humano sem quebrar o ritmo da conversa.

O grande diferencial está na flexibilidade da linguagem: o chatbot com IA não precisa que o cliente “fale igual a ele”. Ele é treinado para entender o jeito como as pessoas realmente se comunicam, incluindo abreviações, gírias, erros comuns e variações na forma de perguntar.

c) Benefícios dos chatbots com IA em comparação aos scripts fixos

Embora os chatbots baseados em scripts fixos ainda sejam úteis em cenários mais simples, eles têm limitações claras. Funcionam bem quando as perguntas são previsíveis e seguem um padrão — como “Qual o horário de funcionamento da loja?” ou “Como emitir a segunda via do boleto?”. Porém, qualquer variação inesperada na forma de escrever ou perguntar pode gerar uma resposta errada ou até frustrar o cliente.

Já os chatbots com IA se destacam exatamente pela capacidade de adaptação. Eles oferecem uma experiência mais fluida, personalizada e próxima da linguagem humana. Isso melhora significativamente a satisfação do cliente, reduz o número de atendimentos transferidos para humanos e aumenta a eficiência do atendimento como um todo.

Além disso, eles podem:

  • Aprender com os erros e melhorar continuamente sem precisar de reprogramações frequentes.
  • Oferecer suporte mais completo, entendendo dúvidas variadas em uma mesma conversa.
  • Personalizar o atendimento, reconhecendo o histórico de interações de cada cliente.

Em resumo, enquanto os chatbots tradicionais funcionam bem como “atendentes automáticos”, os chatbots com IA atuam como verdadeiros parceiros inteligentes de atendimento, agregando valor real ao relacionamento com o cliente e à operação do varejo.

4. Por que o Chatbot está transformando a venda do varejo

O varejo moderno exige agilidade, presença constante e uma experiência de compra impecável — e os chatbots com inteligência artificial têm se mostrado aliados poderosos nessa missão. Muito além de responder perguntas, eles estão redefinindo a forma como os lojistas se relacionam com seus clientes, oferecendo conveniência, eficiência e personalização em escala. A seguir, entenda os principais motivos pelos quais o chatbot está transformando as vendas no varejo de forma tão acelerada.

a) Atendimento 24/7: esteja disponível dia e noite, todos os dias

Uma das maiores vantagens dos chatbots com IA é a disponibilidade ininterrupta. Enquanto uma equipe de atendimento humana precisa seguir horários comerciais ou turnos limitados, o chatbot trabalha sem parar: 24 horas por dia, 7 dias por semana — incluindo feriados e fins de semana.

Isso significa que, mesmo fora do horário comercial, sua loja continua funcionando. Um cliente que pesquisa um produto à meia-noite pode tirar dúvidas, receber sugestões, consultar preços ou até fechar uma compra no mesmo instante. Sem precisar esperar pelo “horário útil” nem depender de que alguém esteja online.

Esse tipo de presença contínua é essencial em um mercado onde a decisão de compra pode acontecer a qualquer hora. O chatbot garante que nenhuma oportunidade de venda seja perdida por falta de atendimento imediato.

b) Respostas rápidas, autênticas e completas geram mais conversões

Em um cenário de concorrência alta e consumidores impacientes, a velocidade e a qualidade do atendimento são determinantes para a conversão de vendas. Um cliente que espera demais por uma resposta — ou recebe uma resposta vaga — pode desistir da compra ou buscar outra loja em segundos.

O chatbot com IA oferece respostas instantâneas, com clareza, objetividade e profundidade, mesmo em atendimentos simultâneos a dezenas ou centenas de pessoas. Ele consegue lidar com múltiplas dúvidas em uma única conversa, oferecer recomendações baseadas no perfil do consumidor e até sugerir produtos complementares — tudo com naturalidade e fluidez.

Essa eficiência gera confiança no atendimento, acelera a jornada de compra e reduz drasticamente o abandono de carrinho — transformando curiosidade em conversão.

c) Atendimento personalizado com base no histórico do cliente

Uma das grandes vantagens da inteligência artificial é a capacidade de aprender com cada interação. Os chatbots modernos não apenas respondem perguntas; eles reconhecem o perfil do cliente, consultam o histórico de interações anteriores e personalizam a conversa de forma estratégica.

Por exemplo: se um cliente já comprou determinado produto, o chatbot pode oferecer acessórios compatíveis, informar sobre novos lançamentos relacionados ou enviar uma promoção exclusiva. Se ele iniciou um pedido e não concluiu, pode ser abordado com uma mensagem amigável e um incentivo para finalizar a compra.

Essa personalização cria uma experiência mais próxima, relevante e humana — algo que antes só era possível com vendedores experientes. No entanto, com o uso do chatbot, essa atenção pode ser escalada para milhares de clientes ao mesmo tempo, sem perder qualidade.

d) Redução de custos operacionais para o lojista

Além de aumentar as vendas e melhorar a experiência do cliente, o chatbot também traz um impacto direto no controle de custos do negócio. Ao automatizar o atendimento, ele reduz a necessidade de uma equipe grande de funcionários para responder dúvidas simples ou lidar com questões repetitivas.

Isso não significa substituir pessoas, mas reorganizar a equipe para atuar de forma mais estratégica — focando em tarefas que realmente exigem intervenção humana, como atendimentos sensíveis, suporte especializado ou vendas consultivas.

Com isso, o lojista reduz custos com folha de pagamento, treinamentos constantes e estrutura de atendimento, ao mesmo tempo em que aumenta a capacidade de resposta e a qualidade do serviço prestado.

Em resumo, o chatbot com IA não é apenas uma tendência — é uma ferramenta de transformação no varejo, capaz de ampliar as vendas, reduzir custos, melhorar o atendimento e criar experiências memoráveis para o cliente. O resultado é um varejo mais eficiente, competitivo e preparado para os desafios do presente e do futuro.

5. Exemplos Reais de Varejistas Usando Chatbots

Para entender o impacto concreto dos chatbots com inteligência artificial no varejo, nada melhor do que observar como grandes marcas — no Brasil e no mundo — estão aplicando essa tecnologia em seus canais de atendimento e vendas. Os resultados vão além do ganho de eficiência: eles mostram como o chatbot pode ser um verdadeiro motor de crescimento, fidelização e inovação no relacionamento com o cliente.

a) Breves estudos de caso: experiências de marcas brasileiras e internacionais

Magazine Luiza (Brasil)
A “Magalu” é uma das referências em transformação digital no varejo brasileiro. Um dos pilares dessa estratégia é o uso de chatbots em seus canais de atendimento, especialmente no app e no WhatsApp.
A assistente virtual Lu não apenas responde dúvidas comuns sobre pedidos, entregas e trocas, como também recomenda produtos com base no histórico de compras. A integração com o sistema de e-commerce permite que o cliente compre diretamente pela conversa, tornando o processo ágil e intuitivo.

Casas Bahia (Brasil)
Outra gigante do varejo nacional, a Casas Bahia implantou um chatbot para otimizar o atendimento ao cliente e reduzir o volume de chamadas nos call centers. A ferramenta está presente em seu site e aplicativo, resolvendo questões como consulta de boletos, status de entrega e suporte técnico.
A empresa também investe em inteligência artificial para refinar a experiência, tornando o atendimento mais contextualizado e próximo da linguagem do consumidor.

Sephora (Internacional)
A Sephora, rede global de cosméticos, utiliza chatbots em múltiplas plataformas, incluindo o Facebook Messenger. O bot permite que os usuários agendem sessões de maquiagem, recebam dicas personalizadas e encontrem produtos ideais de acordo com seu perfil de beleza.
Esse modelo de atendimento combina conteúdo relevante com vendas assistidas, criando uma experiência de compra envolvente e prática, especialmente para clientes que valorizam orientação especializada.

H&M (Internacional)
A marca de moda sueca H&M adotou chatbots em sua operação digital para facilitar a jornada de compra. O bot ajuda o cliente a montar looks com base em preferências de estilo, tamanho e ocasião, além de oferecer sugestões de combinações.
Essa estratégia não apenas aumenta o ticket médio, mas também cria uma experiência de compra personalizada, que aproxima a marca do consumidor de forma mais humanizada.

b) Resultados reais obtidos pelas empresas

Os números reforçam o impacto positivo que os chatbots têm gerado:

  • Magazine Luiza registrou uma redução de até 80% nos chamados simples no SAC após a implementação do chatbot — liberando a equipe humana para focar em casos mais complexos. Além disso, a assistente virtual ajudou a acelerar o tempo médio de resposta, melhorando significativamente a satisfação do cliente.
  • Casas Bahia obteve uma queda de 60% nos custos operacionais de atendimento, e o tempo de espera para suporte via app e site caiu drasticamente. O índice de resolução no primeiro contato (First Call Resolution) aumentou, o que impactou positivamente na experiência geral do consumidor.
  • Sephora teve um aumento de mais de 11% nas conversões em interações com o chatbot, mostrando que o atendimento personalizado e assistido contribui diretamente para as vendas. O engajamento também foi superior em relação a e-mails e banners tradicionais.
  • H&M registrou maior tempo de permanência no app e no site, além de um crescimento nas vendas cruzadas (cross-sell), graças à atuação do bot como um “consultor de estilo”. Isso elevou a percepção de valor da marca e incentivou a recompra.

Esses exemplos mostram que chatbots não são apenas uma tendência, mas uma ferramenta estratégica que já está gerando resultados concretos para marcas de diferentes segmentos. Seja no suporte ao cliente, na conversão de vendas ou na redução de custos operacionais, a tecnologia está transformando a forma como o varejo se conecta com seu público — e o melhor: com possibilidade de adaptação para negócios de qualquer porte.

6. Chatbots Humanos?

Com o avanço das tecnologias de automação no atendimento ao cliente, é natural surgir a dúvida: os chatbots vão substituir os atendentes humanos? A resposta mais realista e estratégica é: não substituem — complementam.

a) Chatbots automatizam tarefas repetitivas, mas não substituem empatia humana

Os chatbots, especialmente aqueles com inteligência artificial, são excelentes em lidar com demandas simples, frequentes e previsíveis. Solicitações como:

  • “Qual o prazo de entrega?”
  • “Quero rastrear meu pedido.”
  • “Como faço para trocar um produto?”
  • “Quais são as formas de pagamento?”

…podem ser resolvidas de forma instantânea, com disponibilidade 24/7 e sem gerar filas de espera. Isso representa uma enorme economia de tempo tanto para o cliente quanto para a equipe da loja. O chatbot também reduz o estresse de tarefas repetitivas e libera os atendentes humanos para focarem no que realmente exige atenção, escuta ativa e sensibilidade.

No entanto, por mais avançado que seja o algoritmo, há situações que exigem empatia, julgamento humano e uma escuta mais refinada. Um cliente insatisfeito, por exemplo, pode precisar de acolhimento real para se sentir valorizado. Casos mais complexos, como reclamações delicadas, negociações fora do padrão ou questões emocionais, ainda demandam a intervenção de pessoas — que trazem contexto, emoção e flexibilidade para o diálogo.

Ou seja, o chatbot não elimina a presença humana: ele atua como primeira linha de atendimento, filtrando demandas simples, organizando filas e agilizando a triagem, para que os atendentes possam ser mais assertivos quando entrarem em ação.

b) O ideal é a integração homem + máquina

O modelo mais eficiente hoje é a integração entre automação e atendimento humano. Essa combinação potencializa os pontos fortes de ambos:

  • O chatbot garante velocidade, disponibilidade e eficiência.
  • O atendente humano traz empatia, criatividade e capacidade de adaptação.

Empresas que adotam esse modelo híbrido conseguem equilibrar custo-benefício e qualidade, oferecendo um atendimento mais completo, fluido e satisfatório. Além disso, os chatbots podem ser programados para detectar emoções ou intenções (como frustração ou confusão), e encaminhar o atendimento para um humano sempre que necessário.

Essa cooperação entre tecnologia e pessoas não apenas melhora a experiência do cliente, mas também valoriza o trabalho dos atendentes, que passam a exercer funções mais estratégicas, consultivas e gratificantes.

No fim das contas, o objetivo não é substituir pessoas — é tirar o melhor das máquinas para que os humanos possam brilhar onde mais fazem diferença.

7. Como Começar a Usar Chatbots no Seu Negócio de Varejo

Implementar um chatbot no seu negócio pode parecer um desafio no início, mas com o planejamento certo, esse processo pode ser simples, rápido e trazer resultados muito positivos desde os primeiros dias. A chave está em seguir alguns passos básicos para garantir que a tecnologia seja usada de forma estratégica e eficiente.

a) Passos iniciais simples: escolha da plataforma, definição de objetivos e integração com canais

O primeiro passo é escolher a plataforma de chatbot ideal para o seu negócio. Existem diversas opções no mercado, muitas delas amigáveis para quem não tem conhecimentos técnicos ou programadores. Ao escolher, leve em consideração:

  • Facilidade de uso e configuração;
  • Integração com os canais de comunicação que você já utiliza (WhatsApp, Instagram, site, Facebook Messenger, etc.);
  • Recursos oferecidos, como automação com IA, personalização e análise de resultados;
  • Custo-benefício, considerando seu orçamento e expectativas.

Depois de selecionar a plataforma, é fundamental definir claramente os objetivos do chatbot. Pergunte-se: quais problemas ele deve resolver? Quais tipos de atendimento serão automatizados? Quer focar em vendas, suporte ou ambos? Ter metas bem definidas ajuda a criar fluxos de conversa eficientes e direcionados para resultados concretos.

Por fim, integre o chatbot aos canais onde seus clientes estão presentes. Isso garante que ele esteja disponível onde o consumidor já costuma buscar contato com sua marca, aumentando as chances de uso e engajamento.

b) Comece com um MVP (Produto Mínimo Viável) e vá ajustando

Para evitar complexidades e garantir uma implantação ágil, o ideal é começar com um MVP (Produto Mínimo Viável) — ou seja, uma versão básica do chatbot que já resolve as demandas mais simples e frequentes.

Por exemplo, seu chatbot pode inicialmente responder perguntas comuns sobre horários, políticas de troca, status de pedidos e direcionar o cliente para os canais humanos quando necessário. A partir daí, monitore o desempenho, analise o comportamento dos usuários e recolha feedbacks.

Com essas informações, você poderá ajustar e ampliar as funcionalidades do chatbot gradualmente, tornando-o mais inteligente, personalizado e alinhado às necessidades do seu público.

Essa abordagem incremental evita investimentos altos e riscos desnecessários, enquanto promove aprendizado contínuo e melhoria constante da experiência do cliente.

8. Conclusão

Os chatbots com IA estão transformando o varejo ao oferecer um atendimento ao cliente rápido, eficiente e disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana. Eles permitem personalizar a experiência do consumidor, reduzir custos operacionais e aumentar as chances de conversão, tudo isso sem a necessidade de ampliar equipes ou investir em infraestrutura complexa.

Além de automatizar tarefas repetitivas, os chatbots modernos com inteligência artificial são capazes de compreender a linguagem natural, aprender com cada interação e atender de forma mais humanizada, garantindo que o cliente se sinta bem atendido em qualquer momento da jornada de compra.

Se você ainda não explorou o potencial dos chatbots, este é o momento ideal para considerar essa tecnologia no seu negócio. Implementar um chatbot pode ser o passo decisivo para modernizar seu atendimento, melhorar a satisfação do cliente e impulsionar suas vendas.

Reforçando a importância, entender o que é um chatbot e como ele está transformando o varejo pode ser o diferencial que faltava para que sua loja se destaque em um mercado cada vez mais competitivo e conectado.

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